A nuvem Sagittarius B2 tem bilhões de litros de álcool flutuando ao seu redor. A maior parte disso é intragável, mas uma certa quantidade é formada de etanol, que é bebível por humanos. Cientistas ainda não sabem o motivo exato de ter bebida por lá, mas eles têm uma teoria.
Para conseguir um drink na Terra, precisamos de organismos biológicos. Precisamos de algo capaz de produzir um certo tipo de açúcar, como mel ou frutas. Essas moléculas são complexas, e precisam ser formadas por coisas vivas. Então o que bilhões de galões de álcool fazem no espaço? Parte do álcool encontrado na nuvem é metanol, que por aqui costumamos usar como anticongelante. Ele é feito por um processo mais simples do que o álcool consumível. Esse material tem de ser fervido durante a produção de álcool, e durante a Lei Seca nos EUA, o fato de muitos contrabandistas não saberem ou não se importarem com isso fez com que muita gente morresse. Outra parte desse álcool espacial é álcool vinílico (ou etenol), que também não pode ser bebido por seres humanos. Mas também há etanol, ou o álcool bebível. Como essas moléculas complexas se formaram em quantidades tão grandes no espaço?
Átomos pesados surgem a partir da fusão de estrelas. Deixe uma estrela grande viver o bastante para que ela forme enormes quantidades de átomos pesados antes de espalhá-los ao redor do universo em uma supernova. Mas formar as moléculas complexas que são os álcoois é outra história. Uma molécula ou duas podem até ser formadas a partir de interações aleatórias ou átomos que flutuam no espaço, mas não bilhões de litros.
Cientistas consideram que algumas moléculas podem ter se reunido em pedaços de poeira cósmica que flutuava no espaço. A superfície da poeira pode ter permitido que essas moléculas interagissem e formassem álcool. Moléculas que se movem rápido podem então ter jogado o álcool para longe da poeira, deixando tudo isso solto na imensidão do universo. No entanto, não há uma maneira concebível para destacar a molécula de álcool para fora da poeira sem destruir a estrutura da molécula no espaço. Assim, os cientistas acreditam que gelo pode ter se formado na poeira, aprisionando o álcool. Quando o gelo derreteu e evaporou, deixou o álcool livre, sem ter sua estrutura destruída.
A maior parte do etanol está em nuvens gasosas, então ainda é mais fácil beber um copo de cerveja na sua casa do que na nuvem Sagittarius B2. Mas ainda assim é fantástico ver isso tudo se formando no espaço, principalmente considerando que as simples moléculas se juntaram, foram congeladas, aquecidas e voaram em minúsculas partículas de pó no vazio.
Fonte: GIZMODO.COM

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